Nas
últimas duas semanas o Brasil vive uma situação inusitada em nossa história.
Milhares de brasileiros se manifestam por causas justas buscando
um país melhor.
As
manifestações se iniciaram em São Paulo e Rio de Janeiro, e as contra medidas não
foram eficientes e adequadas, aumentando
então, a tensão entre manifestantes e policiais.
A
massa e a crise foi crescendo pelo país e, qual foi a reação e as contra medidas do
governo perante as manifestações?
Será
que o GSI - Gabinete de Segurança Institucional - não tinha as informações
estratégicas para assessorar a presidente da República? E nos estados e municípios, não tem
assessoramento para crise?
Será
que a presidente não acredita na Inteligência Brasileira? ou o Ministro do GSI
não está tendo a liderança e comando do gabinete e/ou mesmo da ABIN?
A
Inteligência é a ferramenta fundamental para gerenciar um país e também uma
empresa. Nos Estados Unidos, a inteligência é uma ferramenta prioritária para
assegurar a segurança e a democracia do país. Quando se inicia uma crise, o
presidente americano assume o comando e controle do gabinete de crise, conforme
protocolos de local e dos membros participantes.
Se
a Inteligência foi ignorada ou mesmo
descartada, a presidente fica no escuro,
sem entender e tomar decisões perante a crise nacional.
As
manifestações cresciam todos os dias, e a população, empresas, imprensa e a
comunidade internacional buscavam informações oficiais junto aos governos federal, estaduais e
municipais.
Mas
a onde buscar a informação correta?
O governo federal, estados e municípios afetados diretamente
pelas manifestações, não estavam prontos e não entendiam a crise e qual a sua origem.
Pergunta:
Onde estava o gabinete de gerenciamento de crise dos governos para gerenciar e
dar as respostas adequadas ao país?
A presidente Dilma só se manifestou depois de
vários dias do início da crise. Relembrando: A preservação da imagem numa crise
é fundamental para a reputação e garantias do Estado.
Estamos
no meio das Copas da Confederações. O investimento até a Copa do Mundo de 2014
será de aproximadamente 28 bilhões de reais.
Com
certeza a nação brasileira, investidores e a FIFA não estão satisfeito com o
resultado, pois a cobertura da Copa das Confederações foi sufocada pelas
manifestações em todo o Brasil.
E
o prejuízo, quem paga?
Ficou
claro que o investimento em Segurança
dos Eventos não foi eficiente e adequado. Até agora se gastou mais de R$ 600
milhões de reais em segurança que não conseguiu identificar a extensão da crise
trazendo prejuízos ao Brasil e o evento .
Foi
criado o CICC - Centro Integrado de Comando em Controle - com alta tecnologia no
Rio de Janeiro e outros locais para gerenciar o evento e as possíveis crises.
E
qual foi a eficiência destes centros em identificar a crise das manifestações?
Novamente esqueceram do investimento na capacitação da Inteligência. O equipamento é importante
mas o homem é fundamental.
Qual
foi o preparo e a estratégia para
gerenciar a crise?
Em
São Paulo e Rio de Janeiro, a primeira reação foi colocar a tropa de choque na
rua, seguida por outros estados. Será
que em nossos dias foi a estratégia mais
adequada? Sabemos que não foi a mais eficiente pois o confronto aumentou.
O
CDC - Controle de Distúrbio Civil - foi feito adequadamente? Assistimos no Rio de
Janeiro a Polícia Militar dizendo que os "cases" serão estudados para
diminuir os riscos e aumentar a eficiência.
Por
que não foi estudado os "cases" nacionais e internacionais
antecipando o preparo e eficiência para gerenciar as possíveis crises? Talvez
não acreditassem que uma crise desta fosse acontecer no Brasil. Isso é
despreparo.
Em
Brasília, os manifestantes correram um grande perigo quando subiram nas cúpulas
do Congresso Nacional. Imagine se caísse as cúpulas com as pessoas? Podem
dizer, como controlar tantas pessoas? Se tivesse gerenciando a crise com
certeza saberiam que as pessoas de Brasília iriam para o Congresso e antecipado
a segurança adequada do local.
Na
última quinta feira, em Brasília, o fato se repetiu e o confronto aconteceu novamente e os manifestantes correram, e alguns criminosos atacaram o Itamaraty.
Mas será que o comando da Polícia de Brasília pensou para onde escoar as
pessoas que estavam na frente do congresso?
Não são os fuzileiros navais que fazem a
segurança do Itamaraty? Se sim, onde
estavam na crise? Onde está a integração dos poderes?
Hoje
(23/06/13), Estado de São Paulo, Política, matéria - "O país nas ruas"
, vem corroborar com a falta de preparo para a crise.
".......a
presidente Dilma Rousseff criou uma espécie de gabinete de crise e rompeu o
isolamento do Palácio do Planalto. Avessa a negociações e alvo de críticas no
Congresso, ela foi obrigada a montar uma agenda de emergência......."
Gabinete
de Crise não se improvisa é uma decisão estratégica para preparar medidas, protocolos e decidir dentro do comitê as ações
de gerenciamento de crise.
O
gerenciamento de crise tem que ser definido como política estratégica do Estado,
com planos de contingência e emergência, com seu gestor e membros permanentes e
convidados.
É
necessário que o Estado esteja ligado aos riscos e as possíveis crises do país.
A crise não se inicia agora ela já começou em tempos anteriores.
O
Estado precisa ter a cultura e a
organização de Inteligência preparada para proteger o interesse da nação e a
integração com a sociedade, principalmente a iniciativa privada, que investe e prepara suas
ações para superar as crises.
Com certeza as manifestações por um país
melhor não para por aqui. O povo
brasileiro e as manifestações faz parte da democracia e o Estado precisa
entender as reivindicações e zelar pela segurança e integridade do país.
Nunca subestime a inteligência do povo brasileiro.
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