segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Globalização e Informação

Com a globalização os interesses e os meios em obter informações não têm limites. Através de medidas ilegais como espionagem, invasão de hackers, invasões físicas, sabotagem e até mesmo ações terroristas, pessoas e empresas buscam atingir seus objetivos sem escrúpulos.

Vários casos são amplamente divulgados pela imprensa nacional e internacional que mostram as vulnerabilidades das empresas. Um exemplo é uma empresa do setor de bebidas nos Estados Unidos, que foi avisada pelo principal concorrente que recebeu uma proposta pelo segredo da companhia. Outros exemplos mostram os esquemas de espionagens dentro de empresas.

Diante desses fatos, o Serviço de Inteligência em Segurança Empresarial, faz se necessário para assessorar na prevenção e proteção no sentido de impedir e neutralizar a atuação de empresas concorrentes, através de medidas preventivas de Contra-Inteligência, contra espionagem e segurança orgânica.

A Inteligência também permite o tratamento das informações para que os gestores/decisores possam preparar melhor a empresa para os negócios e também possa antecipar as ações adversas dos concorrentes buscando assim as vantagens competitivas do mercado.

Mais do que projetar cenários e mostrar como os próximos acontecimentos podem afetar os negócios da empresa, além de avaliar as ações dos concorrentes, os profissionais que atuam na área de Inteligência e Contra-Inteligência estão aptos a apresentar e implantar meios que permitam proteger as empresas contra ameaças e alcançar as vantagens competitivas.

Entre as medidas adotadas para a realização do trabalho de Inteligência na empresa, consta a preparação e conscientização dos principais executivos e dos demais funcionários para evitar o vazamento de informações, descarte do lixo, perdas e transporte de equipamentos com informações. A partir da conscientização da empresa a Contra-Inteligência um segmento da atividade de Inteligência prepara medidas preventivas para coibir atuações adversas e ilegais de técnicas de espionagem, escutas, infiltrações, ataques de hackers, suborno e outro entre outras ameaças.
No entanto, para o sucesso deste trabalho é fundamental a integração dos departamentos da empresa, investimentos em recursos humanos, treinamento dos profissionais, tecnologia, comunicações e segurança, pois o Serviço de Inteligência Empresarial não pode ser direcionado para uma única área específica da empresa.

Empresas de qualquer setor, como aviação, indústria farmacêutica, bancos, alimentos e bebidas, entre outros segmentos, estão sujeitas à espionagem industrial e ao vazamento de informações, por isso, todas as organizações podem contar com o Serviço de Inteligência Empresarial. O que muda é o direcionamento do trabalho.

Por exemplo, enquanto uma companhia aérea pode ser alvo de terrorismo e seqüestro, uma indústria farmacêutica ou uma empresa de alimentos e bebidas podem ser alvo de espionagem para a descoberta do segredo de seus produtos.

Vale lembrar que, de acordo com a Sociedade dos Profissionais de Inteligência Competitiva (SCIP), a Inteligência Competitiva é um programa ético e sistemático de coleta, análise e gerenciamento de informações externas que podem afetar os planos, decisões e operações da empresa. Portanto, o serviço de Inteligência Empresarial atua no limite da legalidade..


* Ricardo Gennari, Diretor da Tróia Intelligence,, empresa especializada em inteligência empresarial e diretor de inteligência da ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) de São Paulo e especialista em Contra-Inteligência Empresarial.


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Reação de uma criança a um Desastre

A seguir são reações comuns em crianças depois de um desastre ou evento traumático. O nascimento até dois anos. Quando as crianças são pré-verbal e experiência de um trauma, não consegue descrever o evento ou aos seus sentimentos. No entanto, eles podem reter frações de memórias, sons ou cheiros. Os bebês podem reagir ao trauma, ficando irritado, chorando mais do que o habitual, ou querendo ser segurado e acariciado. A maior influência sobre as crianças desta idade é a forma como os pais irão lidar. Como as crianças envelhecem, seu jogo pode envolver elementos agindo fora do evento traumático que aconteceu há vários anos no passado e parece ter sido esquecido. Pré-escolar - de 3 a 6 anos. Os pré-escolares muitas vezes se sentem indefesas e impotentes diante de um acontecimento impressionante. Devido à sua idade e tamanho pequeno, eles não têm a capacidade de proteger a si e nem seus outras pessoas próximas. Como resultado, eles sentem intenso medo e insegurança sobre a separação dos responsáveis. Pré-escolares, não pode apreender o conceito de perda permanente. Eles podem ver as consequências como sendo reversíveis ou permanentes. Nas semanas seguintes, um evento traumático, as atividades pré-escolares podem reviver o incidente ou a catástrofe. Em idade escolar - de 7 a 10 anos. A criança em idade escolar, tem a capacidade de compreender a permanência de perda. Algumas crianças tornam-se intensamente preocupados com os detalhes de um evento traumático e deseja falar sobre isso continuamente. Essa preocupação pode interferir com a concentração da criança na escola e seu desempenho acadêmico pode declinar. Na escola, as crianças podem ouvir informações incorretas dos seus amigos. Eles podem exibir uma ampla gama de reações de tristeza, medo generalizado, ou medos específicos de que o desastre aconteça outra vez, a culpa sobre a ação ou omissão durante o desastre, a raiva que o evento não estava impedido, ou fantasias de se tornar um salvador. Pré-adolescência para a adolescência - 11 a 18 anos. Como as crianças crescem, elas desenvolvem uma compreensão mais sofisticada de um desastre. Suas respostas são mais semelhantes aos adultos. Os adolescentes podem envolver-se em perigoso, aos comportamentos de risco, tais como a condução imprudente, álcool ou uso de drogas. Outros podem ficar com medo de sair de casa e evitar os anteriores níveis de atividades. Grande parte da adolescência é focado em sair para o mundo. Após um trauma, a visão do mundo pode parecer mais perigoso e inseguro. Um adolescente pode sentir-se oprimido por emoções intensas e ainda se sente incapaz de discuti-los com os outros.

Fonte: FEMA – www.fema.gov

Tradução: Ricardo Giovenardi

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Importância da área de Continuidade nos Negócios em uma Organização

As 09:04 hrs do dia 06 de dezembro de 1917, a capital Halifax, localizada na província da Nova Escócia sofreu o que muitos especialistas em emergência apontam como o primeiro desastre registrado. Nesta data, o navio Mont-Blanc, colidiu com o navio Imo causando uma grande explosão. O Mont-Blanc, que estava transportando uma carga secreta de 233.188 kg de Benzeno, 56.188 kg de Trinitrocelulose, 1.602.519 kg de Ácido Pícrico em sua forma liquida, 544.311 kg de Ácido Pícrico em sua forma solida e 226.797 kg de TNT, devido a um principio de incêndio que não foi controlado pela tripulação explodiu.

O impacto deste terrível desastre foi devastador. Duas mil pessoas perderam a vida – metade delas instantaneamente. Nove mil pessoas ficaram feridas gravemente e o prejuizo financeiro na época foi calculado em US$30 milhões ou US$500 milhões em valores atuais. A explosão causou uma Tsunami que destruiu boa parte de Halifax. Para se ter uma idéia do tamanho da castastrofe, especialistas americanos do Projeto Manhatan – o projeto da primeria bomba atomica, utilizaram os dados deste evento para iniciar os estudos de impacto após o acionamento de uma bomba atomica.

Em 27 de março de 2009, uma fábrica de produtos químicos para limpeza, explodiu, interditando três quarteirões em torno da empresa, gerando transtorno para moradores, paralizando o trânsito e impactos financeiro para outras empresas. O estado de Santa Catarina, foi atingido pelas chuvas que castigaram o estado por vários dias, deixando um saldo de mais de cem mortos e milhares de desabrigados. O impacto direto na economia do estado esta sendo refletido até hoje, a mais de três meses da tragédia.

Não podemos deixar de citar os atentados terroristas de 11/09 de 2001. Evento que assim como a Explosão de Halifax, sobrepôs alguns paradigmas referente ao assunto Segurança, seja de uma empresa, seja na forma como transportar produtos acabados e materia-prima e principalmente na forma de como será mantido o seu negócio após uma catastrofe.

A área de Continuidade nos Negócios de uma organização deverá elaborar estudos referentes aos riscos que esta organização esta exposta, coletar, processar e apresentar uma análise de impacto nos negócios e, ao ser identificado os processos que possam causar uma parada na operação da organização.
Planos de Contingência deverão ser escritos com a participação dos gestores, coordenadores e principalmente com os responsáveis por cada operação do referido Processo de Negócio.

Quais áreas serão afetadas com a sua indisponibilidade? Quais os impactos financeiros, operacionais e de imagem? Estas e outras perguntas referentes ao Processo de Negócio serão realizadas durante a entrevista de Analise de Impacto.

A construção de um Plano de Contingência ou Plano de Recuperação de Desastre, é planejar ações que deverão ser tomadas em um momento que não faz parte do dia-a-dia da maioria das pessoas, seja um incêndio, uma paralisação de transportes ou até mesmo ações terroristas ou criminosas.

A Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como SOX, foi editada com o objetivo de restaurar o equilíbrio dos mercados.

Lembre-se: Não basta apenas escrever os Planos. Ao final da elaboração todas as equipes envolvidas diretamente no Plano, deverão realizar um treinamento e logo em seguida, um teste com o Plano para comprovar a sua efetividade e aderência.

Empresas com uma boa maturidade no assunto de Continuidade solicitam aos seus fornecedores evidencias da realização da existência dos Planos de Contingência e de seus respectivos testes para os principais cenários que possam impactar sua operação. Para as empresas de transporte, são solicitadas evidencias dos Planos para cenário de interdição de rodovias ou cenários de incapacidade de produção ou armazenamento de produção em uma localidade.

Pensar em Continuidade é pensar em segurança, qualidade e principalmente em todos os nossos clientes internos e externos.
Ricardo Giovenardi, S
BCI, Member of IAEMSpecialist in Intelligence and Business Continuity

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Xadrez se movimenta na América Latina.

Hoje o presidente eleito da Colômbia Juan Manuel Santos e o presidente da Venezuela Hugo Chaves resolvem reatar suas relações diplomáticas. A pergunta que se faz é: Como ficará a geopolítica na América do Sul?
Por um lado a Colômbia tem uma aliança estratégica com os Estados Unidos contra o narcotráfico e as Farc, mas por outro lado, a Venezuela combate a influência dos Estados Unidos na América do Sul.
Como fica esse quebra-cabeça para a Colômbia?
A Venezuela atravessa problemas sérios na questão econômica e política, como o racionamento de energia, inflação alta e a popularidade de Chaves em queda, que ameaça a sua permanência no poder.
No Brasil teremos eleições neste ano. Se a candidata Dilma vencer a política externa brasileira para a América do Sul, será a continuidade do apoiou e fortalecimento da UNASUL. Se o candidato Serra vencer, provavelmente haverá uma nova política externa para a América do Sul, ou seja, acordos bilaterais com países de interesse e uma maior aproximação dos Estados Unidos e Europa, colocando a UNASUL para uma segunda categoria.
Nesse segundo cenário, Serra presidente a Revolução Bolivariana será afetada e a situação de Chaves ficará mais complicada, pois a força e o apoio do Brasil são fundamentais na América.