Desde
os primórdios a espionagem vem fazendo parte da humanidade e dos Estados.
No
século IV A.C.; o General Sun-Tzu
em uma das suas estratégias deixou o legado: “Tenha espiões por toda
parte, seja informado sobre tudo, não negligencie nada que possa aprender...Um
exército sem agentes secretos é um homem sem olhos nem orelhas.”
Moisés
escolhe doze dos seus melhores homens para "espiar" a Terra de
Cannã".
O
imperador romano Júlio Cesar chama seus "engenheiros" para inventar
uma barreira contra espiões que ouviam suas conversas com seus generais.
A
história e os interesses evoluem e a espionagem também.
A
partir do século XV as nações europeias buscam estratégias internas,
protegendo seus estados contra conflitos
sociais e problemas econômicos. Nas
estratégias externas os Estados europeus intensificam a busca de riquezas e a
necessidade de proteção de ameaças inimigas.
Nesta
época a Europa buscava estratégias de segurança com redes de informações modernas,
espionando seus inimigos e procurando novos negócios pelo mundo. Além disso,
era necessário buscar sistemas eficientes de Contra-Inteligência para proteção
da " Inteligência da Diplomacia", voltado para consolidar o poder e a
ambição dos Estados europeus.
Os
europeus ampliam seus interesses buscando aumentar sua influência entre os
Estados e suas novas colônias. Nesta situação as metodologias da busca de
informações se intensificam a terem espiões onde se tem interesse.
Na
área de inteligência, as nações desenvolvidas da época, voltam seus serviços e
conhecimentos para o exterior ganhando a imagem de ter espiões como principal
fonte de obtenção de informações externas.
Nesta
época a Inteligência Militar se intensifica buscando conhecer o inimigo para combate
lo nos campos de batalha e também produzir conhecimento e proteção do Estado.
Napoleão
utilizava se muito do sistema de Inteligência para obter informações, além de
ser o chefe do Serviço de Inteligência Francesca.
O
modelo napoleônico desenvolveu novas técnicas na produção de conhecimento,
inovações tecnológicas, transportes, comunicações através de sistemas de inteligência e
contra-inteligência. Napoleão sempre contou com seus agentes internos e
externos para obter informações.
Os interesses e os conflitos se intensificam na
Europa no final do século XIX. Os modelos de Inteligência já existentes
inspiram novos Estados como a Prússia e a Inglaterra.
Com
a Primeira Guerra Mundial a busca de informações se intensificam através de
estratégias de combate e também da espionagem no exterior captando informações
para alimentar os sistemas dos Estados.
Já
na Segunda Guerra Mundial alguns serviços de inteligência Inglaterra, Estados
Unidos, Alemanha e Rússia se destacam e especializam no combate de guerra.
As
necessidades intensificam e essas nações através de seus espiões buscam
informações estratégicas para corroborar na defesa e segurança de seus
interesses.
O
sistema Enigma de criptografia e descriptografia de mensagens secretas que os
alemães utilizaram para acessar informações, foi quebrado pelos aliados e as
informações obtidas foram fundamentais para o fim da Segunda Grande Guerra.
Em
1943 uma grande operação de espionagem é alavancada entre Inglaterra e Alemanha
, os ingleses buscando informações estratégicas sobre a invasão da Sicilia e os
alemães tentando proteger essas informações, utilizando várias técnicas de
espionagem. O comandante inglês Montagu,
foi o responsável pela operação e o sucesso da mesma. Um grande homem e patriota.
Com
o final da Guerra as nações vencedoras intensificam investimentos na área de
Inteligência e Contra-Inteligência, preparando e protegendo seus interesses
buscando novos negócios e aumentando seu poder pelo mundo.
Com
o fim da Segunda Guerra e o surgimento da Guerra Fria, duas nações se destacam
na liderança mundial Estados Unidos e a
ex URSS.
As
duas nações fizeram bem lição de casa, confiando no ciclo da história e
investindo nas suas agências de inteligência CIA e KGB, que foram muito atuante
na defesa de seus interesses.
Na
Guerra Fria foram travadas várias situações históricas pela na Europa, nas
Américas, na Ásia e África.
Os
interesses nacionais e empresariais se expandem buscando informações e lucro,
utilizando ferramentas dentre elas a espionagem.
A
inteligência se solidifica na grandes nações e essas mesmas incentivam as
inteligências estratégica, militar, competitiva e/ou empresarial .
Após
atentados terroristas nos Estados Unidos, N.Y., 11/09/2001, um novo paradigma
mundial se inicia, o combate ao terrorismo e acirra o interesse pela
inteligência e espionagem, comentado pela imprensa, sociedade e estados.
Continuarei
o assunto na parte 02.
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