Inicia-se o
ano e todos perguntamos: Como será o Brasil em 2014?
Resposta difícil mas podemos
pensar em cenários.
O Brasil vive um momento
confuso e difícil: econômico, social e político.
Econômico: o Banco Central Brasileiro acabou de elevar a
taxa básica de juros para 10,50% a.a. , com tendências de alta.
O governo brasileiro tem
utilizado se de políticas fiscais, monetárias e cambiais para combater á inflação, custos governamentais, câmbio e fuga
de capitais.
Nos últimos anos, tivemos um
PIB pífio para os padrões brasileiros em pleno emprego, uma situação atípica para
uma economia.
Os investidores estrangeiros
e mesmo os nacionais estão insatisfeitos e desconfiados com a economia
brasileira. Os mesmos buscam novas estratégias e novos mercados na América
Latina, México, Colômbia e Peru.
O Brasil evoluiu
principalmente com políticas assistencialistas, elevando o padrão da classe
menos favorecida ao consumo, porém, não sendo suficiente para o desenvolvimento
do país.
O "gargalo"
logístico e estrutural ainda sufoca o crescimento e desenvolvimento do Brasil.
Continuamos sem estrutura adequadas para portos, estradas, aeroportos e ferrovias, inviabilizando investimentos e
crescimento.
Realmente nos últimos anos o
Brasil recebeu muitos investimentos, principalmente em fusões e aquisições que
não superou os problemas e gargalos do país.
Em 2014 teremos no primeiro
semestre carnaval, copa do mundo e muitos feriados. No segundo semestre teremos
eleições gerais, diminuindo os dias úteis de produção e trabalho no ano. Outro
fator preocupante será as manifestações que poderão ocorrer antes, durante e
depois da copa, principalmente se a seleção
brasileira perder, esse resultado poderá refletir diretamente na economia e eleições.
A economia em 2014 será
modesta sem grandes investimentos , moderada na produção para não gerar grandes
estoques, o câmbio em alta pela fragilidade brasileira e crescimento
americano, queda no emprego formal ,
aumento da taxa de juros básica (Selic) próximo dos 13%, inflação fora da meta,
próximo dos 6,5% e capital saindo para outros mercados.
Social: A
política do governo sempre foi voltada para o assistencialismo, ( bolsa
família, bolsa aluguel, bolsa gás, bolsa filhos, bolsa viagem e etc). Outra
política implementada foi aumentar o crédito à famílias de baixa renda para o
consumo. Do ponto de vista social uma boa proposta mas pelo viés econômico, quem
paga essa conta? A sociedade!
Seria importante, "
ensinar a pescar e não dar o peixe." Com isso o custo social aumentou e a
diminuição das receitas levou as reivindicações "do quero mais".
Movimentos sociais como MST,
MTST, sem tetos, movimento periferia ativa, resistência urbana, questão
indígena, black blocs entre outros movimentos sociais, buscam
atingir suas reivindicações através de manifestações, como o combate a "desigualdades e
injustiça" e a corrupção que sangra o Estado Brasileiro.
O próprio governo está sendo
refém das políticas sociais criadas. As pessoas querem mais e com a economia em
"crise" não tem de onde tirar esses recursos.
Então o que pode acontecer
em 2014?
A probabilidade de muitas
manifestações por melhoria das condições dos menos favorecidos, utilizando se
de meios como passeatas, distúrbios e invasões em áreas públicas e privadas.
Rebeliões em presídios
espalhados pelo Brasil que se encontram em péssimas condições e sem
assistência.
Próximo da Copa do Mundo, a
probabilidade de manifestações e violência contrária aos gastos e corrupção é muito
viável. Não poderemos também descartar greves públicas e privadas.
Outra variável importante é
a inclusão neste cenário do crime organizado que já promete uma " Copa com
problemas".
Como estamos trabalhando as
variáveis externas? ex. um atentado terrorista.
Será que estamos preparados e prontos para isso? Vejamos alguns fatos: Olimpíada na China, Eurocopa na Suiça, Copa
do Mundo na África do Sul foram identificadas ameaças e agora na Rússia
(Olimpíada de Inverno), um atentado terrorista.
A ineficiência dos governos
em administrar o país e os estados por motivos (ideológicos, políticos, sociais
e até religiosos), estão nos levando a uma crise social e política jamais vista
na história do Brasil.
As instituições brasileiras
passam por crise, descrédito e desconfiança da sociedade. A imprensa busca
fazer seu papel mas está tomando uma linha muito perigosa. Também está sendo diminuída
e agredida por movimentos e manifestantes para intimidar sua ação com a
verdade.
O cenário é pessimista
levando o país à uma crise e possível "revolução de classes", só
vista em países socialistas e comunistas. " Eu posso o burguês não
pode".
O Brasil vive "em
tempos difíceis " e a falta de percepção da maioria da população
brasileira,
Político:
2014 será um ano eleitoral onde o tabuleiro de xadrez está sendo montado e as
peças sendo mexidas.
O cenário atual com 03
candidaturas prováveis:
A presidenta Dilma Rousseff
(PT), na coligação PMDB, PRB, PDT,
PTN, PSC, PR, PTC, PSB, PCdoB e PP.
O
senador
Aécio Neves (PSDB), ), oposição e na
coligação DEM, PPS e Solidariedade.
E uma terceira via o
governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), com a ex Senadora Marina Silva.
Mas será que esse tabuleiro
já está montado de fato?
Ou as peças poderão se
mexidas em outras direções?
As
coligações e os interesses dificultam as negociações de apoio. O PMDB já
negocia mais ministérios para sua legenda. Com certeza os outros partidos
também buscarão espaço nessas negociações.
Qual
será o papel do governador Eduardo Campos nessas eleições? Será que ele é mesmo
candidato à oposição?
Outro
fato, será que o vice presidente Michel Temer está com tanto prestígio dentro
do governo e mesmo no seu partido PMDB?
Os
"caciques" do partido senadores José Sarney, presidente do senado Renan
Calheiro, o presidente da Câmara de Deputados Henrique Eduardo Alves estão
preocupado com a situação do vice presidente e/ou em atingir seus próprios
objetivos?
O
ex presidente Lula nunca escondeu a preferência do governador Eduardo Campos
como vice na chapa da presidenta Dilma.
Como
ficaria a situação da ex senadora Marina Silva neste cenário? Como está sem seu
partido, (Rede Sustentabilidade), sobraria a candidatura a governadora ou
senadora pelo Acre. Não podemos esquecer que ela poderá incomodar em qualquer cenário,
pelos 20 milhões de voto que teve na última eleição presidencial.
Já
o PSDB com a sombra do ex governador José Serra, ainda preocupa o senador Aécio
Neves.
Qual
será a posição do ex governador neste tabuleiro? Ele ainda tem sua importância
dentro do partido e uma parte dos eleitores do Sudeste e Sul.
Ele
e seus fiéis companheiros irão para a campanha com vontade?
Se houver segundo turno como
será a composição dos partidos? Qual
será a posição de quem perder?
Cenário 2º Turno:
1 - Dilma e coligações;
2 - Dilma + Eduardo Campos e
coligações;
3 - Aécio Neves e
coligações;
4 - Aécio Neves + Eduardo
Campos e coligações;
5 - Eduardo Campos + (Marina
Silva) e coligações;
6 - Eduardo Campos + (Marina
Silva) + Aécio Neves + coligações
As seis variáveis são
possíveis e uma será a vitoriosa, porém a probabilidade num segundo turno
ficaria mais favorável à oposição, entre Eduardo Campos e Aécio Neves.
São complexas as variáveis
para se definir o cenário eleitoral, pela situação econômica, política e social
que estamos vivendo em 2014.
Será também importante para
o eleitor definir seu candidato, o envolvimento de políticos de expressão como
o ex presidente Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.